Conheça a fonoaudiologia



Se a criança demora a dizer as primeiras palavras, fala pouco ou troca as letras, os pais, preocupados, levam ao fonoaudiólogo. Embora boa parte das pessoas só lembre desse profissional nessa hora, seu papel vai além: começa no nascimento, quando verifica a audição do bebê, e segue na infância, ao corrigir de dificuldades para engolir a distúrbios de leitura e escrita. E mais: auxilia no aprendizado de quem tem dislexia e no desenvolvimento da linguagem entre os autistas. Tudo, enfim, que se relaciona à comunicação.
Atraso de Linguagem
A criança demora para dizer as primeiras palavras ou fala muito pouco. Pode não conseguir contar uma história ou os relatos não têm começo, meio e fim. Com 1 ano, o bebê deve ser capaz de formular palavras soltas, como ‘bola’. Com 2 anos, começa a fazer justaposição: ‘dá bola’. Aos 3 anos, é comum formular frases com pelo menos três palavras, como ‘me dá a bola’.

Distúrbio Articulatório
É a troca das letras ao falar. Até os 3 ou 4 anos, é normal a criança não conseguir pronunciar alguns fonemas. Mas depois dessa idade, se ela ainda comete erros, é melhor procurar um profissional.

Distúrbio de leitura e escrita
Troca de algumas letras ao escrever. Pode ser decorrente de uma troca nos fonemas. Por exemplo, ela lê ‘carro’, mas pronuncia ‘calo’. A dislexia se encontra nesse grupo, porém é um distúrbio de aprendizagem mais complexo e grave, que não envolve apenas fonemas específicos, mas também a forma de aprender.

Motricidade oral
São problemas na musculatura da face, da boca ou da língua, como dificuldade para engolir, mastigar ou respirar. A causa pode ser língua ou lábios flácidos, posicionamento errado da língua ou respiração incorreta (feita pela boca).

Voz
Assim como os adultos, as crianças podem ter problemas com a voz, como a rouquidão. Entre as causas estão problemas orgânicos, diagnosticados pelo médico. Mas, em geral, isso acontece quando seu filho grita muito e, assim, perde a voz. A fono trabalha na mudança do comportamento da criança, para que aprenda a modular melhor isso.

Deficiência auditiva
Três de cada mil crianças nascem com perda auditiva, que pode comprometer sua capacidade de comunicação. O tratamento até os 6 meses de vida aumenta as chances de a criança ter uma audição mais próxima da normalidade.

Gagueira
Até 5 anos, é normal a criança gaguejar um pouco ou demorar mais a falar, pois ainda está aprendendo. Nessa fase, não se deve chamar a atenção para a questão, porque isso causa ansiedade e aumenta a probabilidade de uma gagueira efetiva no futuro. Também não é indicado que os pais completem as frases. Isso só resulta em mais nervosismo.

Fonte: Revista Crescer


Disortografia

"Minha gasa é ponita". Esse tipo de troca de letras é comum na fase de alfabetização, quando as crianças estão adquirindo as habilidades da leitura e da escrita. Muitas crianças sentem dificuldade de associar os fonemas (som das letras) e os grafemas (escrita das letras), principalmente das chamadas consoantes surdas e sonoras (F e V, T e D, P e B, C e G), que têm sons parecidos e para serem pronunciadas exigem o mesmo movimento da boca. Ou seja, ao escreverem uma palavra, não sabem qual letra devem colocar no papel. Por exemplo, vaca é com v ou com f? Isso porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Mas quando essa dificuldade persiste ao longo do Ensino Fundamental I é possível que a criança sofra de uma dificuldade de aprendizagem chamada de disortografia. "Hoje é mais fácil para o professor detectar a disortografia porque a alfabetização é global. Quando a alfabetização é feita do modo tradicional, com cada letra sendo trabalhada separadamente, demora mais para ser percebida", diz a psicopedagoga e escritora de livros infanto-juvenis Paula Furtado. "Em escolas bilíngues, muitas vezes o professor acha que a criança está misturando as línguas", completa. Saiba mais sobre essa dificuldade de aprendizagem a seguir.


Características


- Troca de letras que têm sons parecidos: feio e veio, xícara e jícara, pata e bata, contente e condende 
- Adição de sílabas: pirulito/pirulilito 
- Omissão de letras: bravo/ bavo, prato/pato  Contaminação de sílabas: pipoca/picoca 
- Separação incorreta de palavras: a prender  Aglutinação de palavras: Amanhã nãovou para aescola 


- Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação 
- A disortografia pode ou não estar associada a trocas desses mesmos fonemas na fala, dificuldade chamada de distúrbio articulatório ou troca de letras na fala 
- Devido à dificuldade, a criança disortográfica evita escrever e, quando escreve, os textos são curtos



Disortografia x dislexia

A dislexia é um distúrbio na leitura que afeta a escrita, normalmente detectado na fase da alfabetização, enquanto a disortografia é um distúrbio auditivo. "Geralmente disléxicos são disortográficos, mas disortográficos não necessariamente são disléxicos", explica Paula Furtado.


Como lidar com alunos disortográficos 


Estimule a memória visual das crianças com cartazes de letras e números espalhados pela sala de aula. Mas tome cuidado com a poluição visual 
- Elogie o aluno quando ele escrever corretamente 
- Encaminhe a criança para um fonoaudiólogo ou psicopedagogo. "Para um tratamento eficiente é preciso que haja parceria entre o fonoaudiólogo/ psicopedagogo, os pais e a escola", acredita Paula Furtado 
- Observe quais são as trocas mais comuns que seus alunos cometem e aplique jogos e brincadeiras para trabalhá-las. Veja a seguir algumas sugestões



Fonte: http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/83/imprime211959.asp

O Reizinho da Casa


Uma criança levanta a mão para os pais, grita sem parar e se joga no chão. Provavelmente você já vivenciou ou se deparou com uma cena dessas, já que uma birra aqui, outra ali é normal e inerente ao desenvolvimento das crianças. Quando os chiliques ficam cada vez mais frequentes e já não têm lugar certo para acontecer (escola, casa, restaurante, casa das avós) podem significar um problema comportamental sério chamado Transtorno Desafiador Opositivo (TDO).
A criança que sofre dessa condição apresenta, além dos ataques, perda rápida de paciência, dificuldade de seguir regras e de relacionamento e reações agressivas e violentas. Ou seja, todo um contexto que pode prejudicar a qualidade de vida da família.

Chupar dedo pode ter causa emocional

Chupar o dedo é um hábito de quase todos os bebês. Segundo o coordenador da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, o hábito aparece naturalmente e faz parte do desenvolvimento dos pequenos. No entanto, muitas crianças continuam com a mania após os dois anos de idade.
A professora Sanya da Glória sabe bem disso. ”Minha filha Maria Clara, ela chupa o dedo desde os dois anos, ela está completando seis anos e não larga o dedo de jeito nenhum. É o tempo todo, se não estiver com o dedo é chorando”.
Após os dois anos de idade, chupar o dedo pode prejudicar o desenvolvimento dos dentes. De acordo com Bonilha, grande parte das crianças com mais de dois anos que ainda chupam dedo pode estar com estresse emocional, por causa do nascimento de um irmão, por exemplo. Paulo Bonilha, dá dicas aos pais para resolver o problema nesses casos: ”Se tem alguma situação que está levando a criança a se sentir carente, estressada emocionalmente, que ela seja compensada de alguma forma. Leva-la mais ao colo, enfim, é preciso compensá-la para que ela não busque a sucção como alivio.”
O coordenador da Saúde da Criança condena um velho costume: colocar substâncias de sabor ruim nas mãos das crianças. Segundo ele, essas não são medidas recomendadas para evitar que as crianças levem o dedo na boca: ”São muito agressivas e podem até mesmo ser perigosas, de colocar pimenta, excrementos de galinha, são coisas que eventualmente a gente vê acontecendo popularmente e que não são sugeridas de forma alguma.”
O hábito de chupar os dedos também prejudica o desenvolvimento da fala e até mesmo mastigar e engolir. Caso os pais tenham dificuldade para resolver o problema, a dica é procurar um profissional de saúde para receber novas orientações.

Fonte: http://blog.saude.gov.br/

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